Rosas: Simbologia e sua relação com a Mitologia e História
As rosas sempre foram consideradas os símbolos da beleza e do amor. Não há flor que goze da mesma mística que ela e que encontre, em tantos grupos étnicos diferentes, um significado tão repleto de coisas ligadas ao coração.
Célebres por serem extremamente belas e pelo perfume delicado e marcante; as rosas ganharam um lugar todo especial na nossa cultura e em todas as culturas ocidentais. Mesmo tendo se originado no distante oriente, as rosas foram “adotadas” por nós como símbolos máximos de sentimentos nobres e beleza.
Simbolizando o aspecto que mais nos aproxima dos deuses, as rosas, com seu ressurgir; seu crescimento e seu desabrochar, são o símbolo que representa a taça da vida de onde as almas dos homens bebem as águas primordiais que originam a vida. É a personificação da perfeição acabada e plena, da alma, do coração e do amor (do mais sublime e puro ao mais ardente e pleno de força sexual). A rosa pode ainda ser considerada uma mandala; um centro místico do cosmo.
Na cultura greco-romana simbolizava Afrodite e Vênus. Em nossa cultura cristã representa a Virgem Maria. A rosa branca é comumente significativa de pureza virginal porque, segundo a mitologia grega, quando Afrodite surgiu da espuma do mar, foi de uma rosa branca que ela tomou a forma.
Ainda citando o mesmo mito. Afrodite, ao ver o seu amado Adônis ferido de morte, jogou-se sobre ele e acabou se ferindo num espinho da roseira branca. Seu sangue, então, jorrou e tingiu de vermelho as rosas enquanto ela corria para ajudá-lo. Por isso as rosas vermelhas, nesse tempo, eram consideradas flores para luto e colocadas por sobre os túmulos dos entes queridos. Era a Rosália, uma cerimônia realizada todo o mês de Maio.
Na Roma Antiga, as rosas eram invenção da deusa Flora que as criou quando uma das ninfas da deusa morreu. Diante de sua tristeza, cada deus contribuiu com um elemento para tornar a rosa a mais bela e desejada das flores; Apolo insuflou-lhe a vida; Baco o néctar; Pomona o fruto. Cupido deu-lhe os espinhos ao tentar espantar abelhas que se apaixonaram por ela.
Em buquês ou não, rosas vermelhas são a expressão máxima do amor e da paixão. Carne, sangue e sexo em forma de flor delicada e suave. Durante a Idade Média, se uma rosa estivesse colocada no teto de um cômodo, aquele era o sinal para que tudo o que fosse falado ali permanecesse em segredo. As rosas cor-de-rosa eram oferecidas como símbolo da regeneração e da virtude.
As rosas eram flores admiradas também pelos antigos alquimistas; uma rosa branca com um lírio era o símbolo da “Pequena Obra” ou da “Pedra em Bano” dos alquimistas; as rosas vermelhas eram ligadas a “Pedra Filosofal” ao objetivo máximo de um alquimista; a sua “Grande Obra”.
Em cada cultura, seja ela ocidental ou oriental, as rosas possuem um capítulo todo especial com significados e simbolismos diferentes. Seja lá como for e em que lugares sejam vistas; o importante é saber que a simples visão de uma rosa é capaz de aplacar o mais irado dos homens e transmitir, sem uma única palavra sequer, a mais poderosa das mensagens: O Amor.